Quando eu conheci o coaching, sabia pouco a respeito. Meu contato se deu na prática: recentemente havia passado por um processo de coaching que foi extraordinário. Tive ganhos pessoais e profissionais incríveis e vi despertar um desejo imenso de saber mais sobre o que tinha de tão especial nesse tal de coaching que provocava tantas mudanças de uma forma intensa e boa. Mas até então, eu que era a coachee (cliente), não fazia ideia do que era estar do outro lado (como coach).

Eu imaginava que o coaching só poderia contribuir na vida das pessoas daquela maneira “tradicional”, ou seja, contratando um processo com um número X de atendimentos ou sessões que durariam Y minutos/horas cada. No entanto, ao fazer a formação em Coaching Psychology (da Academia do Psicólogo), voltei para casa maravilhada, empolgada, com os pensamentos a mil, cheia de ideias e com a certeza de que este não era o único método de trabalho que o coaching me possibilitaria.

Após ter o contato com a formação, passar por todo o intenso (e inesquecível) processo, e ter clareado meus pensamentos e ideias a respeito deste, pude compreender melhor a sua metodologia e adaptá-la de uma maneira que fizesse tanto sentido quanto um processo de coaching individual, mas que seria utilizado de forma um pouco diferente e ampliada no meu dia a dia profissional.

Essa forma “tradicional” do coaching é maravilhosa e pode trazer benefícios incríveis para o coachee, e eu também trabalho assim – e amo fazer isso. Contudo, hoje quero contar a vocês como criei uma forma de trabalho diferente, com a qual me identifiquei, e percebi um resultado incrível, além de ter obtido ótimos feedbacks dos meus clientes.

Sempre gostei muito de trabalhar com grupos, e então pensei: “Porque não aproveitar o conhecimento que tenho da Psicologia e da Maternagem, e transformar isso em um workshop que utilize também meus aprendizados sobre Coaching Psychology?”.

Então, apropriando-me da visão estratégica e da flexibilidade que o coaching nos ensina, criei workshops baseados nessas três áreas de conhecimento. Nesse formato, trabalhei com várias ferramentas e técnicas de coaching com um objetivo muito específico, que logo logo vocês saberão qual é. Talvez você se pergunte “Como assim, Ana? Juntar essas 3 áreas? Mas isso é coaching?”.

Bem, vou tentar explicar com mais cuidado. Meu nicho de trabalho e minha paixão na Psicologia é a maternagem. Eu já trabalhava com pais em consultório, e grupos de pais, porém, percebi que eu poderia unir sim essas três áreas criando uma nova forma de conectar e impactar as pessoas. Foi assim que, no último trimestre de 2016, criei um workshop voltado para pais, onde trabalharia uma questão específica: a culpa que eles sentem e lidam todos os dias no seu papel de pais.

A partir daí, adaptei algumas ferramentas e criei outras para poder trazer questões como: o autoconhecimento deles a respeito do seu papel de pai e mãe; seus pontos fortes e dificuldades; quais situações os faziam se sentir culpados; como os outros pais faziam na mesma situação; enfim, diversos aspectos trabalhados em um evento de quatro horas de duração. Ou seja, não foi exatamente um processo de coaching, mas sim, eu utilizei muitas ferramentas e aspectos da metodologia do coaching, para trabalhar essas questões relacionadas à culpa materna e paterna.

Quando nós procuramos um coach, quem define o objetivo do que quer trabalhar somos nós mesmos, ou seja, o próprio cliente. Porém, no caso desses workshops, quem definiu o objetivo que seria trabalhado fui eu, e os pais que contrataram esse serviço já sabiam que o intuito era de libertar-se da culpa. Portanto, todos eles tinham o mesmo objetivo comum. O que para mim foi incrível e teve um resultado fantástico, porque além de tudo, eles se tornaram uma grande rede de apoio durante o encontro.

Veja bem, eu uni meus conhecimentos de maternagem com Psicologia e ferramentas de coaching, e trabalhei pontualmente grupos de pais com o principal objetivo de fazer com que eles saíssem dos workshops se sentindo menos culpados com relação às suas escolhas e suas falhas. Mas nada disso aconteceu com eles trabalhando sozinhos, ou seja, não foi apenas uma “distribuição” de ferramentas, onde cada um preenchesse suas questões e pronto.

Do início ao fim do workshop eu estava auxiliando e trabalhando junto com esses pais. Havia, também, momentos em que era necessário abrir a discussão para o grupo, pois muitos precisavam falar sobre o que estavam sentindo com aquela atividade específica. E, certamente, toda atenção necessária foi dada a eles tanto individualmente, quanto no grande grupo, nos momentos em que havia necessidade.

Cabe destacar que não realizei um processo de coaching em grupo (que segue outra configuração), mas sim uma intervenção em grupo fundamentada em aspectos do coaching. E esse talvez seja um dos pontos altos dessa metodologia: a sua flexibilidade para ser aplicada em diversos contextos. Os conhecimentos trazidos pelo coaching reúnem o melhor de várias ciências e são organizados de forma a potencializar o que de melhor existe em cada um de nós. Apropriando-me desse aprendizado, pude convertê-lo em estratégias focadas para ajudar a libertar pais do sentimento de culpa de forma objetiva e orientada.

A meu ver, essas duas formas diferentes de trabalhar com o coaching, as quais eu já conheço e posso falar a respeito, sendo através de um processo individual, ou adaptando a metodologia para intervenções com grupos, são extremamente eficazes e podem auxiliar demais no crescimento pessoal ou profissional dos nossos clientes. Basta um pouco de empenho, criatividade, desejo de fazer acontecer e se preparar para desenvolver um bom trabalho. Assim, vamos buscando o que faz mais sentido para cada um de nós como coaches!

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Ana Paula Petry
Ana Paula Petry

Ana Paula Petry é psicóloga com especialização em Terapia Cognitiva e formação em Coaching Psychology pela Academia do Psicólogo. Apaixonada pelo universo da maternagem, atua desde 2011 em atendimentos clínicos, palestras e workshops voltados para pais e educadores. Seu mais novo projeto é o Gestando e Aprendendo.



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